Facebook exclui contas falsas ligadas a gabinetes da família Bolsonaro

O Facebook excluiu nesta 4ª feira (8.jun.2020) 88 contas e páginas que seriam ligadas a funcionários do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, Flávio e Eduardo. Um assessor direto do presidente, Tercio Arnaud Tomaz (ex-assessor de Carlos Bolsonaro) foi apontado como 1 dos responsáveis pela administração de algumas dessas páginas, de acordo com a Digital Forensic Research Lab, da Atlantic Council, que tem parceria com o Facebook.

As contas também teriam relações com funcionários dos deputados estaduais do PSL Alana Passos e Anderson Moraes (RJ).

“A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de páginas fingindo ser veículos de notícias”, declarou o Facebook.

Sobre o assessor de Bolsonaro identificado, a DFRLab informou: “Tercio Arnaud Tomaz é mais conhecido como o administrador da popular página no Facebook ‘Bolsonaro Opressor 2.0’, perfil pró-Bolsonaro que tem cerca de 1 milhão de seguidores, mas que atualmente está offline. Em 2019, a imprensa revelou que, apesar de ser listado como assessor do vereador Carlos Bolsonaro, Arnaud estava trabalhando na comunicação digital de Jair Bolsonaro“.

A rede social informou que as contas agiam desde a campanha eleitoral de 2018 sem informar a verdadeira identidades dos administradores –o que viola a política interna da rede social.

Os administradores usavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação de políticas da plataforma. As contas removidas, que não foram divulgadas, produziam memes políticos, críticas à oposição, e a empresas de mídia.

A rede social afirmou que chegou ao grupo por meio de reportagens e de questionamentos levantadas em audiência no Congresso Nacional.

A plataforma removeu 35 contas, 14 Páginas, 1 grupo no Facebook, e 38 contas no Instagram. US$ 1.500 teriam sido gastos em anúncios por essas páginas. Cerca de 883 mil pessoas seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook.

“Embora as pessoas por trás dessa atividade tenham tentado esconder suas identidades e coordenação, nossa investigação encontrou elos com indivíduos associados ao PSL e alguns empregados nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro“, informou o Facebook.

Via: Poder360

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