Sobre ataque de rivais, Haddad diz que não irá “bater-boca” na campanha


   Um dia depois de ter sido formalizado como candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad já começou a ser alvo de ataques rivais, mas o ex-prefeito de São Paulo deve adotar, nessa campanha, a versão ‘paz e amor’ do PT e não pretende responder.
“Eu sou vidraça há 18 anos”, desconversou. “Nosso programa é o melhor. Nós não vamos ficar batendo boca. Vamos confrontar propostas”.
Nesta quarta-feira, o candidato do PDT, Ciro Gomes, disse que Haddad seria um “presidente por procuração” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o país não aguentará “outra Dilma”, referindo-se à ex-presidente, cria política de Lula. Marina Silva, da Rede, também comparou Haddad a Dilma e disse que votar em um “indicado” pode levar o Brasil ao fundo do poço.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, também mirou sua artilharia contra Haddad, afirmando que o petista terá de explicar na campanha os 13 milhões de desempregados que, segundo o tucano, são uma herança do PT no poder.
Ciro, Marina e Alckmin estão tecnicamente empatados com Haddad em segundo lugar na preferência do eleitorado, de acordo com pesquisas do Ibope e Datafolha divulgadas nesta semana.
“Ele não vai responder. A campanha é propositiva, não vamos entrar em bate-boca”, disse à Reuters uma fonte ligada à campanha.
A postura, que combina com o perfil mais tranquilo do candidato, também visa um possível segundo turno, em que um candidato de centro-esquerda pode vir a ter de enfrentar Jair Bolsonaro. Se essa for a realidade, diz a fonte, é preciso espaço para uma conciliação.
A estratégia ‘paz e amor’ foi adotada por Lula na eleição de 2002, quando elegeu-se pela primeira vez ao Palácio do Planalto.


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